Ecoando o amor além fronteiras

Novena de Natal

16 DEZ 2020
16 de Dezembro de 2020

 

Oração inicial para todos os dias

Deus Benigno de infinita caridade que nos amastes tanto e que nos destes em vosso filho a melhor prenda de vosso amor, para que, encarnado e feito nosso irmão no seio da Virgem, nascesse em um presépio para nossa saúde e remédio; vos damos graças por tão imenso benefício. De volta vos oferecemos, Senhor, o esforço sincero para fazer deste vosso mundo e nosso, um mundo mais justo, mais fiel ao grande mandamento de nos amarmos como irmãos. Nos conceda, Senhor, vossa ajuda para poder realizá-lo. Vos pedimos que este natal, festa de paz e alegria, seja para nossa comunidade um estímulo a fim de que, vivendo como irmãos, procuremos mais e mais os caminhos da verdade, da justiça, do amor e da paz. Amém.

 

 

Reflexão do 1º dia

Vamos afiançar nossos valores de modo que o Natal seja o que deve ser: uma festa dedicada à RECONCILIAÇÃO. Dedicada ao perdão generoso e compreensivo que aprenderemos com um Deus compassivo. Com o perdão do Espírito Santo podemos nos reconciliar com Deus e com os irmãos e andar em uma vida nova. É a boa notícia que São Paulo exclamou em suas cartas, tal como lemos em sua epístola aos Romanos 5, 1 – 11. Viver o natal é apagar as ofensas se alguém nos ofendeu, e é pedir perdão se tivermos ofendido a outros. Assim, do perdão nasce a harmonia e construímos essa paz que os anjos anunciam em Belém: Paz na terra os homens que amam ao Senhor e se amam entre si. Os seres humanos podem nos ofender com o ódio ou podemos ser felizes em um amor que reconcilia. E essa boa missão é para cada um de nós: ser agentes de reconciliação e não de discórdia, ser instrumento de paz e semeadores de irmandade.

 

 

Orações para todos os dias: 

 

- Oração para a família 

Senhor, fazei de nosso lar um lugar de vosso amor. Que não haja injúria porque nos dais compreensão.

Que não haja amargura porque nos abençoai. Que não haja egoísmo porque nos alentais. Que não haja rancor porque nos dais o perdão. Que não haja abandono porque estais conosco. Que saibamos rumar até vós em vosso diário viver. Que cada manhã amanheça mais um dia de entrega e sacrifício.

Que cada noite nos encontre com mas amor. Fazei Senhor com nossas vidas, que quisestes unir, uma página cheia de vós. Fazei, Senhor, de nossos filhos o que desejardes, ajudai-nos a educá-los, orientá-los pelo vosso caminho. Que nos esforcemos no apoio mútuo. Que façamos do amor um motivo para amar-vos mais. Que quando amanhecer o grande dia de ir a seu encontro conceda nos encontrarmos unidos para sempre em vós. Amém.

 

 

- Oração à Virgem

Soberana Maria, te pedimos por todas as famílias de nosso país; faz com que cada lar seja fonte de compreensão, de ternura, de verdadeira vida familiar. Que a festa de natal, que nos reúne ao redor do presépio onde nasceu teu filho, nos una também no amor, que nos faça esquecer as ofensas e nos dê simplicidade para reconhecer os enganos que tenhamos cometido. Mãe de Deus e Nossa Mãe intercede por nós. Amém. *Rezar uma ave-maria

 

 

- Oração a São José

Santíssimo São José esposo de Maria e pai adotivo do Senhor, foste escolhido para fazer as vezes de pai no lar de Nazaré. Ajuda os pais de família; que eles sejam sempre no lar a imagem do pai celestial, a teu exemplo; que cumpram cabalmente a grande responsabilidade de educar e formar seus filhos, entregando-lhes, com um esforço contínuo, o melhor de si mesmos. Ajuda os filhos a entender e apreciar o abnegado esforço de seus pais. São José modelo de marido e pai intercede por nós.
Amém.

 

*Rezemos: Pai-nosso.....

Ave-Maria.....

Ave-Maria....

Ave-Maria....

Glória ao pai, .......

Reflexão do 2º dia

O segundo dia é dedicado à COMPREENSÃO. Compreensão é uma nota distintiva de todo verdadeiro amor.

Podemos dizer que a encarnação de um Deus que se faz homem pode ler-se em chave desse grande valor chamado compreensão. É um Deus que fica em nosso lugar, que rompe as distâncias e compartilha nossos afãs e nossas alegrias. É graças a esse amor compreensivo de um Deus pai que somos filhos de Deus e irmãos entre nós. Deus, como afirma São João, nos mostra a grandeza de seu amor e nos chama a viver como filhos dele. Ler a primeira carta de João 3, 1 – 10. Se de verdade atuarmos como filhos de Deus não imitamos Caim, mas “dermos a vida pelos irmãos” (3, 16).

Com um amor compreensivo somos capazes de ver as razões de outros e ser tolerantes com suas falhas.

Se o NATAL nos tornar compreensivos será um excelente Natal. Feliz Natal é aprender a nos colocarmos no lugar dos demais.

 

Reflexão do 3º dia

O Terceiro dia é dedicado ao RESPEITO.

Uma qualidade do amor que nos move a aceitar os outros tal como são.

Graças ao respeito valorizamos a grande dignidade de toda pessoa humana feita à imagem e semelhança de Deus, embora essa pessoa esteja errada.

O respeito é fonte de harmonia porque nos anima a valorizar as diferenças, como o faz um pintor com as cores ou um músico com as notas ou ritmos.

Um amor respeitoso nos impede de julgar os outros, manipulá-los ou querer moldá-los a nosso tamanho.

Sempre que penso no respeito vejo Jesus conversando amavelmente com a mulher samaritana, tal como o narra São João no capítulo quarto de seu evangelho.

É um diálogo sem recriminações, sem condenações e no qual brilha a luz de uma delicada tolerância.

Jesus não aprova que a mulher não conviva com seu marido, mas em lugar de julgá-la, a felicita por sua sinceridade.

Atua como bom pastor e nos ensina a ser respeitosos se de verdade queremos nos entender com os demais.

 

Reflexão do 4º dia

O quarto dia é dedicado à SINCERIDADE.

Uma qualidade sem a qual o amor não pode subsistir, já que não há amor onde há mentira. Amar é andar na verdade, sem máscaras, sem o peso da hipocrisia e com a força de integridade.

Só na verdade somos livres como anunciou Jesus Cristo: João 8, 32. Só sobre a rocha firme da verdade pode se sustentar uma relação nas crises e nos problemas. Com a sinceridade ganhamos a confiança e com a confiança chegamos ao entendimento e à unidade. O amor ensina a não agir como os egoístas e os soberbos que acreditam que sua verdade é a verdade.

Se o Natal nos aproximar da verdade é um bom Natal, é uma festa em que acolhemos Jesus como luz verdadeira que vem a este mundo: João 1, 9. Luz verdadeira que nos afasta das trevas nos move a aceitar a Deus como caminho, verdade e vida. Que nosso amor esteja sempre iluminado pela verdade, de modo que esteja também favorecido pela confiança.

 

Reflexão do 5º dia

O quinto dia é dedicado ao DIÁLOGO.

Toda a Bíblia é um diálogo amoroso e salvífico de Deus com os homens. Um diálogo que leva a seu cume e sua plenitude quando a Palavra de Deus que é Seu Filho, se faz carne, se faz homem, tal como narra São João no primeiro capítulo de seu evangelho.

De Deus apoiado na sinceridade, assegurado no respeito e enriquecido pela compreensão, é o que necessitamos em todas nossas relações.

Um diálogo em que diariamente “nos revestimos de misericórdia, bondade, humildade, mansidão e paciência”. Colossenses 3, 12.

O diálogo sereno que brota de um sincero amor e de uma alma em paz é o melhor presente que podemos nos dar em Dezembro. Assim evitamos que nossa casa seja lugar vazio de afeto onde andamos dispersos como estranhos sob o mesmo teto.

Deus concede a todos o dom de nos comunicar sem ofensas, sem julgamentos, sem altivez, e sim com apreço que gera acolhida e aceitação mútua.

 

Reflexão do 6º dia

O Sexto dia para valorizar a SIMPLICIDADE.

Simplicidade que é a virtude das almas grandes e das pessoas nobres.

Simplicidade que foi o adorno de Maria de Nazaré tal como ela mesma o proclama em seu canto de Magníficat.

“Meu espírito se alegra em Deus meu Salvador porque olhou a humildade de sua serva” Lucas 1, 47 – 48.

Natal é uma boa época para desterrar o orgulho e tomar consciência de tantos males que conduzem a soberba.

Nenhuma virtude nos aproxima tanto dos demais como a simplicidade e nenhum defeito nos afasta tanto como a arrogância.

O amor só reina nos corações humildes, capazes de reconhecer suas limitações e de perdoar sua altivez.

É graças à humildade que agimos com delicadeza, sem nos crer mais do que ninguém, imitando a simplicidade de um Deus que “se despojou de si mesmo e tomou a condição de servo” Filipenses 2, 6 – 11. Crescer em simplicidade é um admirável presente para nossas relações. Recordemos que nesta pequenez há verdadeira grandeza, e que o orgulho acaba com o amor.

 

Reflexão do 7º dia

Sétimo dia para crescer em GENEROSIDADE.

É a capacidade de dar com desinteresse onde o amor ganha a corrida do egoísmo.

É na entrega generosa de nós mesmos que se mostra a profundidade de um amor que não se esgota nas palavras. E isso é o que celebramos no Natal: o gesto sem par de um Deus que dá a si mesmo. Isso São Paulo destaca: “soberba também na generosidade… pois conheceis a generosidade de Nosso Senhor Jesus Cristo o qual sendo rico, por vós se fez pobre para que vos enriquecêsseis com sua pobreza”.

É uma passagem bíblica em que o apóstolo convida aos Coríntios a compartilhar seus bens com os necessitados. 2Cor 8, 7 – 15. Sabemos amar quando sabemos compartilhar, sabemos amar quando damos o melhor de nós mesmos em lugar de dar apenas coisas.

Tomemos pois, a melhor decisão: dar carinho, afeto, ternura e perdão; dar tempo e dar alegria e esperança. São os presentes que mais valem e não custam dinheiro. Demos amor, como dizia São João da Cruz: onde não há amor coloques amor, e tirarás amor.

 

Reflexão do 8º dia

Oitavo dia para assegurar a FÉ.

Uma fé que é firme quando nasce de uma relação amistosa com o Senhor.

Uma fé que é autêntica se está confirmada com as boas obras, de modo que a religião não seja apenas de rezas, ritos e tradições.

Precisamos cultivar a fé com a Bíblia, a oração e a prática religiosa porque a fé é nosso melhor apoio na crise.

Necessitamos de uma fé grande em nós mesmo, em Deus e nos demais. Uma fé sem vacilações como queria Jesus: Marcos 11. 23.

Uma fé que ilumina o amor com a força da confiança, já que “o amor em tudo crê”. 1Cor 13, 7.

A FÉ é a força da vida e sem ela andamos à deriva. Razão tinha Publio siro ao dizer: aquele que perdeu a fé, já não tem mais nada a perder. Que bom que cuidemos de nossa fé como se cuida de um tesouro!

Que bom que nos possam saudar como à Virgem!: “Feliz és tu que acredistaste “. Lc 1, 45.6.

 

Oração ao menino Deus: Senhor, Natal é a lembrança de teu nascimento entre nós, é a presença de teu amor em nossa família e em nossa sociedade. Natal é certeza de que o Deus do céu e da terra é nosso pai, que tu, Divino Menino, é nosso irmão. Que esta reunião junto a teu presépio nos aumente a fé em sua bondade, comprometa-nos a viver verdadeiramente como irmãos, nos dê valor para matar o ódio e semear a justiça e a paz. Ó Divino Menino, ensina-nos a compreender que onde há amor e justiça, ali estas tu e ali também é natal. Amém.

 

Reflexão do 9º dia

Nono dia para avivar a ESPERANÇA e o AMOR.

O amor e a esperança sempre vão de mãos dadas com a fé. Por isso em seu hino ao amor nos mostra São Paulo que o amor crê sem limites e espera sem limites. (1Cor 13, 7)

Uma fé viva, um amor sem limites e uma esperança firme são o incenso, e ouro e a mirra que nos dão ânimo para viver e coragem para não cair.

É graças ao amor que sonhamos com altos ideais e é graças à esperança que os alcançamos.

O amor e a esperança são as asas que nos elevam à grandeza, apesar dos obstáculos e das insipidezes.

Se amarmos a Deus, amamos a nós mesmos e amamos a outros, podemos obter o que sugere São Pedro em sua primeira carta: “estejam sempre dispostos a dar razão de sua esperança. Com doçura, respeito e com uma boa consciência”. 3, 15 – 16.

Se acendermos a chama da esperança e o fogo do amor, sua luz radiante brilhará no novo ano depois que se apaguem as luzes do natal.

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