Ecoando o amor além fronteiras

22º Domingo do tempo comum (C)

27 AGO 2016
27 de Agosto de 2016

Textos: Eclo 3,19-21. 30-31;Hb 12,18-19.22-24ª; Lc 14,1.7-14

28 de agosto de 2016

 

A primeira leitura nos diz, que “Na medida em que fores grande, deverás praticar a humildade.” O evangelho também está dizendo, que “Quem se eleva, será humilhado e quem se humilha, será elevado.” Quando temos sucesso e subimos na vida, ficamos orgulhosos, e as outras pessoas sentem inveja. Será que Jesus está de acordo com o que mundo pensa? Lendo a segunda metade do texto do evangelho, Jesus disse o seguinte. “Quando tu deres um almoço ou um jantar, não convides teus amigos, nem teus irmãos, nem teus parentes, nem teus vizinhos ricos, mas os pobres, os aleijados, os coxos, os cegos.”

No Brasil, os laços de família são muito fortes, então se você tem algum parente influente na família, é mais fácil para você ter sucesso e aparecer, não é? Mas, se vivemos como Jesus nos ensina, não podemos estar nos primeiros lugares. Jesus não ensina a sabedoria do mundo. Então, por que será que a Bíblia nos ensina que temos que ser humildes?

Antes de entrar para o seminário, eu estive em Maebashi-Gunma, durante nove meses numa obra de assistência social que se chama Akatsuki-no-Mura. Lá havia japoneses doentes, com deficiência, vietnamitas com esquizofrenia. Eu fiz o trabalho de voluntário com todo esforço. Percebi que o ser humano sente alegria em trabalhar e produzir. Mas eles não trabalham. Eu me senti em vão. Ajudei a cuidar de uma pessoa com esquizofrenia, mas eu não conseguia entender o comportamento dele, e algumas vezes ele ficava irritado, com a voz alta. Quanto mais eu me esforçava para fazer tudo bem, mas eu me sentia um vazio dentro de mim. Mas, é porque eu estava pensando que o que fazia era alguma coisa de valor.

Os meus valores mudaram quando eu percebi que a minha limitação, minha pedra de tropeço são as relações humanas. Eu li um livro sobre a vida comunitária, escrito por Jean Vanier, que é um teólogo católico. No livro ele diz que, a relação humana torna-se verdadeira e sem turbulência, só quando construímos com base na esperança de crescimento e no perdão mútuo das fraquezas. Mais do que perfeição e dedicação a comunidade se constrói com humildade e confiança.

Na sociedade os líderes são sempre as pessoas com talentos quem decidem e ganha interesses para conduzir a sociedade. É preciso sabedoria e liderança. Mas no mundo cristão, as pessoas fracas e pobres estão no centro. Como Madre Teresa de Calcutá que serviu a Deus nas pessoas sem casa, cuidando das pessoas no fim da vida e contemplava a Deus nos olhos amáveis dos fracos. Deus é o líder só é necessitamos amor e humildade.

Deus todo-poderoso tronou-se um bebê, sem poder para estar conosco. Apesar disso, nós procuramos por poder, riqueza e honra. Será que vamos contemplar a Deus, nestas coisas que buscamos? Precisamos aproximar com compaixão das pessoas sofredoras como Jesus acompanhou os fracos. Nós devemos descobrir o valor de estar juntos com outro. 

Hoje, pelo batismo nós recebemos novos membros na nossa comunidade. Vamos receber o valor mais importante da fé, e que o Espírito Santo nos ilumine para sermos modelo de batizados. Amém.


 

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Diocese de Saitama - Japão