Ecoando o amor além fronteiras

26º Domingo do tempo comum (C) - reflexão do evangelho

23 SET 2016
23 de Setembro de 2016

Textos: Am 6:1a,4-7; 1Tm 6:11-16; Lc 16:19-31

O evangelho de hoje é a parábola de um homem rico que viveu luxuosamente neste mundo apelou com Abraão porque ele era na região dos mortos no meio dos tormentos. Por que o homem rico foi para o inferno? A resposta é o tema do evangelho de hoje. Vamos refletir juntos.

A parábola diz que Lázaro o homem pobre queria matar a fome com as sobras que caíam da mesa do rico. Mas não diz que o homem rico deu esmola a Lázaro. O rico não tinha nenhum interesse por Lázaro sentado à sua porta. Ele pensava apenas em si mesmo vivendo no luxo, e não tinha compaixão do pobre, por isso, ele caiu no inferno.

A primeira leitura, diz que as pessoas que viviam na riqueza encontraram a desgraça. “Quem vivem despreocupadamente em Sião, os que se sentem seguros nas alturas de Samaria”, são as pessoas do reino da Samaria, a capital do reino de Israel. Neste tempo, havia crescido muito a diferença entre ricos e pobres. Na semana passada nos foi lida sobre os ricos que enganam os pobres e roubam o dinheiro. São exatamente eles residentes em Samaria que desfrutam de uma vida luxuosa. Eles não cuidaram dos pobres e foram arruinados e destruídos pela Assíria.

Mas, Jesus nos alertou que “não podemos servir a Deus e ao Dinheiro.” Brasil é um país católico muito fervoroso. Mas neste ano, a presidente federal foi deposta acusada de casos de corrupção. O Partido dos Trabalhadores fez a política com medidas direcionadas aos pobres. Isto é certo, mas infelizmente, compraram votos em troca de comidas para ganhar o poder. O serviço verdadeiro aos pobres deve ser à partir do amor ao próximo.

Quando eu estive no Brasil, fiquei admirado como os brasileiros têm compaixão pelos pobres. Dão alimento aos pobres pedintes, dão esmola aos que pedem esmola. E o pobre que recebe o alimento e a esmola responde: ‘Deus te abençoe’, não é? E quem deu o alimento, responde: ‘Amém’. No Japão nós não temos este costume.

Também quando acontece algum desastre, os brasileiros têm muito forte o sentido de misericórdia e solidariedade diante dos sofrimentos das pessoas e os ricos também fazem suas doações os pobres.

Ao contrário, no Japão muitos japoneses pensam que os pobres têm preguiça de trabalhar. Os japoneses pensam que os pobres têm responsabilidade por si mesmo, e não pensam que eles necessitam de algum tipo de ajuda. Isto é muito triste.

Hoje no Japão celebramos o Dia da Mundial dos Refugiados, Imigrantes e Pessoas em Movimento. Este é o dia em que oramos por todos vocês Migrantes que vieram para o Japão. Vocês são trabalhadores e ao mesmo tempo, são missionários. Nas atividades da igreja de Ohtawara os brasileiros fazem o teatro em Natal e Páscoa, não é? A confraternização multicultural se tornou mais animadas. A força da união de todos, recorda e renova nos japoneses a sensibilidade para com os necessitados.

Na segunda leitura, São Paulo nos diz: “Tu que és um homem de Deus, foge das coisas perversas, procura a justiça, a piedade, a fé, o amor, a firmeza, a mansidão.” Mesmo que a nacionalidade seja diferente, lembremos de que todos nós recebemos o espírito do mesmo Deus, e quem recebeu o espírito do Senhor, não se esquece da solidariedade com os pobres. Vamos caminhar unidos com os olhos fixos em Jesus. Amém.

 

Pe. João Evangelista Megumi Fujita- Pároco de Kanuma e Mine – Tochigi-Ken

 

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Diocese de Saitama - Japão