2 de outubro de 2016

Textos: Hab 1, 2-3;2,2-4;  2Tm1,6-8.13-14; Lc 17,5-10

O evangelho de hoje nos questiona sobre como nossa fé está relacionada com a vida, com o trabalho. E para fazer esta reflexão, vou partir de uma conversa que Madre Teresa de Calcutá teve com alguma pessoa. Um dia uma pessoa perguntou-lhe: ‘O que você vai fazer, quando você se aposentar do trabalho de superiora geral da Congregação das Irmãs Missionárias da Caridade?’ Ela respondeu: ‘Eu sou limpadora de banheiro e tubulação de água que leva a sujeira. O que eu faço, não é importante, mas como eu coloco amor no trabalho que faço. Se eu sou o instrumento de Cristo e Ele quer usar mim, limpar o banheiro ou cuidar os leprosos ou conversar com o presidente dos Estados Unidos, é a mesma coisa. Eu estou na presença de Deus quer, e vou fazer como Deus quer. Eu sou só de Deus.’ Aproveitando a mensagem da Madre Teresa, eu troco a palavra amor pela palavra fé. Não é importante o que eu faço, mas como coloco fé no trabalho. Eu fiquei admirado com sua humildade. Eu sacerdote me sentiria honrado de encontrar o presidente dos Estados unidos, e não quero limpar o banheiro. Sua grandeza estar em buscar o trabalho que Deus quer.

No evangelho de hoje, “os apóstolos disseram ao Senhor: aumenta a nossa fé!” O Senhor respondeu: Se vós tivésseis fé, mesmo pequena como um grão de mostarda.” Então, se nós temos fé verdadeira, tudo será possível para nós. Mas, geralmente somos arrastado para o trabalho visível. Também buscamos uma posição elevada para ser honrado. Mas, o Senhor nos diz: “Será que vai agradecer ao empregado, porque fez o que lhe havia mandado?” Nós servimos a sociedade com os talentos que Deus nos deu. Não é certo que os sacerdotes estão mais perto da salvação e os leigos e as leigas estão mais longe da salvação. Não digo com orgulho. Vocês acham que é precioso o trabalho do padre de servir a ao povo, porque não tem a responsabilidade de casa e filhos, não é? Mas todos têm uma vocação importante. Vocês têm a vocação importante de casar e sustentar os filhos. A  vocação de vocês não é inferior à vocação do padre. Jesus não era um padre, mas carpinteiro que está em toda parte. Como Jesus mostrou humildade no trabalho de carpinteiro, nossa fé verdadeira aumenta servindo à igreja com fé.

A primeira leitura que ouvimos é um trecho da profecia de Habacuc que diz: “Quem não é correto, vai morrer, mas o justo viverá por sua fé.” Quem usa os talentos recebidos de Deus em benefício próprio se torna orgulhoso e quem usa os talentos seguindo a Deus é uma pessoa correto que vive a fé. Será que nós vivemos assim? Para nós que vivemos nessa sociedade japonesa mundana é uma provação, não é? Para nós que vivemos no mundo secular, São Paulo nos encoraja na segunda leitura. “Não te envergonhes do testemunho de nosso Senhor nem de mim, seu prisioneiro, mas sofre comigo pelo Evangelho, fortificado pelo poder de Deus. Usa um compêndio das palavras sadias que de mim ouviste em matéria de fé e de amor em Cristo Jesus.” Vamos andar o caminho da fé com as palavras de Deus na oração. Amém.

Pe. João Evangelista Megumi Fujita  - Pároco de Kanuma e Mine – Tochigi-ken