Ecoando o amor além fronteiras

Reflexão dominical do 3º Domingo do Advento 11/12/2016

13 DEZ 2016
13 de Dezembro de 2016

3º Domingo do Advento (A)

Textos: Is 35,1-6ª,10; Tg 5,7-10; Mt 11,2-11

11 de dezembro de 2016

No início da primeira leitura, nós lemos o seguinte: “Alegre-se a terra que era deserta e intransitável, exulte a solidão e floresça como um lírio. Germine e exulte de alegria e louvores.” E no final do texto expressa o seguinte: “Os que o Senhor salvou, voltarão para casa. Eles virão a Sião cantando louvores, com infinita alegria brilhando em seus rostos.”

A alegria expressada neste texto do profeta Isaías, é a alegria da aproximação do Natal que celebramos daqui a duas semanas. Por isso, este terceiro domingo do advento é chamado de Domingo da Alegria.

Em contraste com o texto do profeta Isaías, são Tiago na segunda leitura nos alerta: “Ficai firmes.” Ele nos diz que precisamos de firmeza porque aproxima o tempo da chegada do Senhor. O terceiro domingo do advento expressa a alegria, mas ainda não se sabe quando este tempo se cumprirá.

No evangelho, João Batista estando na prisão enviou alguns dos seus discípulos a Jesus para perguntar sobre sua identidade. “Você é o Salvador ou devemos esperar por outra pessoa? Quando Jesus foi batizado no rio Jordão, João disse: “Sou eu que devo ser batizado por você.” Agora, parece que João não tem a convicção clara sobre a pessoa de Jesus. Por que será? Quando João Batista estava batizando lá no rio Jordão, usava roupa feita de pêlos de camelo e cinto de couro na cintura; comia gafanhotos e mel silvestre e a sua pregação era muito exigente com palavras de julgamento. “Façam coisas que provem que vocês se converteram. O machado já está posto na raiz das árvores. E toda árvore que não der bom fruto, será cortada e jogada no fogo.”  João foi parar na prisão porque ele não aprovou o casamento do rei Herodes que estava contra mandamento. O modo de vida de João é cumprir e proteger a Lei.

Mas, Jesus escolheu como discípulo também cobrador de impostos, aqueles que detestavam a lei. Jesus e seus discípulos não fizeram jejum como João e seus os discípulos fizeram. João imaginava um Salvador muito diferente de Jesus.

Então, Jesus respondeu à pergunta de João com algumas palavras da primeira leitura como lembrança da profecia. “Os cegos recuperam a vista, os paralíticos andam, os leprosos são curados, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam e os pobres são evangelizados.” As obras de Jesus testemunham que Ele é o Salvador.

Todo ser humano tem a imaginação voltada para as coisas materiais. João imaginava que a salvação vinha do cumprimento da Lei. Por isso, Jesus disse: “Feliz aquele que não se escandaliza por causa de mim”, e não escandaliza acreditando nos milagres como sinal do Salvador.

Naquela época o povo judeu acreditava na profecia que o Salvador descendente do rei Davi, iria fazer como Davi liderar o país com a força e o talento militar. Pensavam que o Salvador nasceria numa família famosa de nobres e sacerdotes, por isso, apegados na própria imagem não puderam reconhecer a obra de Deus. E até para João Batista foi difícil! Pela fé nós reconhecemos a obra de Deus. Jesus ainda diz que “o menor no Reino dos Céus é maior do que ele”. 

O menor no Reino dos Céus é a pessoa que pela fé reconhece a obra de Deus e se alegra com a chegada da salvação. Pela fé, vamos descobrir a ação de Deus no nosso dia-a-dia e rezemos para que tornemos nos menores do Reino dos Céus. Amém.

Pe. João Batista Megumi Fujita – Pároco de Mine e Kanuma- Tochigi-ken

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