Textos: Is 7, 10-14; Rm 1,1-7; Mt 1,18-24

18 de dezembro de 2016

Vamos iniciar nossa reflexão à partir da primeira leitura. Naquele tempo, o reino de Judá estava vivendo numa condição muito dura. A Síria e o reino de Israel fizeram aliança para atacar e competir com a poderosa Assíria e queriam que o reino de Judá também se unisse a eles, mas o Rei Acaz não aceitou esta aliança, por isso, agora a Síria e o reino de Judá, como aliados atacam o reino de Judá e pensaram em derrotar o rei Acaz para colocar outro rei para serem aliados.

O profeta Isaías foi ao encontro do rei Acaz, e disse-lhe para confiar no Senhor, porque o plano dos dois aliados inimigos não vai ter êxito. Mas o rei Acaz disse: “Não pedirei nem tentarei o Senhor.” Ele não confiou no Senhor, preferiu confiar no poder humano e foi pedir ajuda a Assíria que era inimiga dos outros dois.

Então o Senhor disse-lhe por meio de Isaías: “Será que achais pouco incomodar os homens e passais a incomodar até o meu Deus?” E o Senhor disse o sinal que não abandonaria os Judeus: “Eis que uma virgem conceberá e dará a luz um filho.” Então, essa fala tornou-se a profecia do nascimento do Salvador.

Na segunda leitura, São Paulo nos diz o porquê ele prega sobre o Cristo, “a fim de podermos trazer à obediência da fé todos os povos pagãos, para a glória de seu nome.” Ele diz que o Salvador não foi enviado para salvar só judeus, mas a salvação é para toda a humanidade. O envio do Salvador prometido é a esperança de Deus para anunciar a fé não só aos romanos da segunda leitura, mas para todos nós que ouvimos a palavra de Deus hoje.

O evangelho lido hoje, nós vimos pelo ponto de vista de José como Deus habitou no ventre de Maria. Possivelmente, José estava com medo do filho de Deus que estava no ventre de Maria, não é? Ou ele duvidou de Maria por não saber de quem era o filho, não é? Ele decidiu abandonar Maria em segredo e o noivado. Isto mostra que ele amava Maria de coração

O Papa Francisco comparou o sofrimento de José com a provação de Abraão para sacrificar o seu filho Isaac. Esta é a provação de deixar a coisa mais importante ou deixar a pessoa mais amada.

Mas como no caso de Abraão, o Senhor mostrou a José outro caminho. Receba como esposa sua noiva grávida. José foi ordenado a tornar-se o pai do filho de Deus, para proteger, criar e cuidar da sua esposa. Ele seguiu as ordens do Senhor e casou-se com Maria e refugiou-se no Egito com Maria e o menino Jesus para proteger das mãos do rei Herodes que queria assassinar o menino.

As leituras de hoje ensinam o justo de seguir a vontade de Deus mais do que o julgamento e o poder humano. Nós vivendo neste mundo temos sabedoria para refugiar nos momentos de sofrimentos, mas às vezes, Deus nos propõe outro caminho.

Para nós que vivemos neste mundo, não confiamos e ficamos nervosos porque somos inconstantes. Mas se escolhemos o caminho do seguimento do Senhor como José que acreditou na revelação do sonho, nós nos transformamos em pessoas fiéis e justas. Nos falta somente uma semana para a festa do Natal. Vamos rezar e acolher a celebração do Natal do Senhor. Amém.

 Pe. João Evangelista Megumi Fujita – Pároco de Kanuma e Mine - Tochigi