Ecoando o amor além fronteiras

3º Domingo da quaresma- 2月28日 四旬節第3主日(C)

25 FEV 2016
25 de Fevereiro de 2016

3º Domingo da quaresma(C)

Ex 3,1-8ª,13-15; 1Cor 10,1-6,10-12; Lc 13,1-9

28 de fevereiro de 2016

 

Na primeira e na segunda leitura que ouvimos hoje, nos falam dos acontecimentos do Livro de Êxodo. Qual será a mensagem que estas leituras nos deixam? Vamos pensar juntos.

A primeira é sobre a vocação de Moisés. Ele achou que extraordinário aquela sarça que queimava, mas não se consumia aí se aproximou. Então o Senhor disse a Moisés: “Não te aproximes! Tira as sandálias dos pés, porque o lugar onde estás é uma terra santa”.

Por que Moisés que chamamos o maior profeta do antigo testamento, não estava digno de pisar a terra santa? Temos uma dica: É porque ele matou um egípcio e fugiu do Egito. Ele era também um pecador. Moisés é alguém que conhece as sombras do coração humano e a misericórdia de Deus que perdoa nossos pecados, por isso, foi digno de ser líder do povo de Israel.

E Paulo também, na segunda leitura escreveu sobre o acontecimento do Êxodo. O povo que caminhou no deserto, matou a sede com a água que jorrava do rochedo, como bebida espiritual. No entanto, muitas pessoas que murmuraram nessa caminhada, não chegaram à terra prometida e morreram no deserto. Moisés também não chegou à terra prometida, porque quando estava no monte Meribá, ele duvidou da palavra do Senhor e precisou bater o cajado duas vezes na rocha.

As duas leituras nos convidam a refletir sobre nossos pecados. Durante a quaresma, a Igreja nos anima a receber o Sacramento do Perdão- a confissão; a buscar a Luz de Deus para iluminar as trevas de nosso coração; a renascer pela conversão, assim experimentar a Ressurreição do Senhor.

No início do evangelho, Jesus também nos chama à conversão. Ele disse: “Sabemos sobre a tragédia dos Galileus mortos no templo e os dezoito que morreram pelo desabamento da Torre de Siloé, mas não pensem que esses acontecimentos não tem relação conosco”.

Na sociedade Judaica da época, pensavam que a tristeza e o sofrimento eram castigo por causa dos próprios pecados. Nos tempos de hoje, deparamos com casos parecidos. Por exemplo: Eu perdi a chave do carro, porque briguei com a esposa. O líder da companhia brigou comigo, porque eu não ouvi a história das crianças na noite passada. E assim por diante.

Mas, podemos dizer que as pessoas que não tem sofrimentos e tristezas não têm pecados?  Todos nós somos pecadores. Jesus disse: “Se não vos converterdes, ireis morrer todos do mesmo modo”. Jesus nos recomenda renovar nossa vida porque vendo o que aconteceu aos galileus mortos por Pilatos e aos dezoito que morreram com a queda da torre de Siloé percebemos nossa chance de conversão com a ajuda do Senhor. E Jesus chama à conversão as pessoas perdidas. Na parábola de figueira, Jesus é o agricultor. Ele não julga, mas intercede ao Pai do céu por nós que ainda não convertemos. A conversão não é coisa fácil. Nós não podemos converter confiando nas nossas forças e em nosso orgulho. Recebemos o sacramento do perdão e a misericórdia do Senhor, mas repetimos o mesmo pecado. Infelizmente, mesmo convertendo continuamos repetindo o pecado.

O Papa Francisco escreveu na bula de Ano Santo da Misericórdia: “Deus vem para nos salvar da condição de fragilidade que experimentamos. A ajuda de Deus é fazer-nos sentir que Ele está ao nosso lado”. Jesus nos chama à conversão porque quer salvar a todas as pessoas e pede nossa salvação a Deus. Não tenhamos medo e vamos abraçar o peito de Jesus abundante em misericórdia.

- Pe. João Evangelista Megumi Fujita-

Pároco de Otawara

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