Ecoando o amor além fronteiras

4º Domingo da Quaresma(C)  3月6日四旬節第4主日(C)

04 MAR 2016
04 de Março de 2016

4º Domingo da quaresma(C)

Textos: Js 5,1-9ª.10-12; 2Cor 5,1.17-21; Lc 15,1-3.11-23

6 de março de 2016

 O quarto domingo da quaresma, é chamado ‘Domingo da Alegria’. Na liturgia antiga, neste domingo, os padres não usavam estola roxa, mas estola rosa. No evangelho de hoje, nós ouvimos a famosa parábola do filho que esbanjou tudo que é própria do Domingo da Alegria.

Mas acho que esta parábola é muito dificil para as pessoas mais sérias entenderem. Isso porque na história o filho mais velho esteve pacientemente trabalhando com o pai não recebeu recompensa, mas o filho mais novo que esbanjou os bens do pai voltou foi acolhido pelo Pai na sua volta para casa.

Muitas pessoas pensam que o pai é tolerante demais e acabou mimando o filho mais novo. Se não der o castigo, ele vai fazer outra vez, a mesma coisa. É normal que o filho mais velho sinta inveja!

Então, vamos pensar porque o pai acolheu tão bem o filho mais novo. Quando o pai avistou o filho ao longe, o que será que ele pensou? O evangelho diz que o pai sentiu compaixão. A palavra ‘compaixão’ é HESEDO em hebraico. HESEDO tem dois significados: Bondade e Fidelidade. Bondade e Fidelidade são palavras com significados diferentes.

No tempo de Jesus havia mandamentos como regra da sociedade. No que diz respeito a Lei do Sábado, muitas vezes houve controvérsia entre Jesus e os fariseus. Os fariseus pediam fidelidade para o mandamento do sábado. Num dia de sábado, na sinagoga, quando Jesus aproximou-se de um homem com a mão seca, eles estavam olhando para ver se Jesus iria ter o trabalho de curar a doença no dia do descanso. Então Jesus disse: “A lei permite no sábado, fazer o bem ou fazer ou mal, salvar uma vida ou deixar que se perca?” Jesus disse que o descanso do sábado é para salvar os humanos e não para pôr obstáculos à salvação. Jesus pede que sejamos fiéis ao mandamento com flexibilidade pela bondade. Mas, ficamos demasiado amáveis que todas as coisas ficam sem limite e ficamos desobedientes ao mandamento. Então Jesus disse: “Não pensem que eu vim abolir a Lei e os profetas. Não vim abolir, mas dar–lhes pleno cumprimento. Eu garanto a vocês; antes que o céu e a terra deixem de existir nem sequer uma letra ou vírgula serão tiradas da Lei, sem que tudo aconteça”.

Como a palavra HESEDO tem dois significados Bondade e Fidelidade, a compaixão de Deus fica fiel à vontade de Deus expressada no mandamento. Então a compaixão mostrada pelo pai é também fiel à vontade de Deus.

Nós achamos que o pai mima muito o filho mais novo, mas é exatamente a compaixão do pai que nos faz perceber nossas faltas. Nós colocamos a máscara de fidelidade ao pai, e afastamos das pessoas fracas, isto é mostra a falta de misericórdia em nosso coração. E nos perguntamos: Por que não acolhemos o irmão mais novo convertido?

Nós somos frios e indiferentes para com as pessoas que cometem grandes erros. Nós pensamos que a pessoa que esbanjou tudo precisa receber punição e o castigo correspondente. Mas só Deus pode nos julgar. Vamos fazer um exame: será que no fundo do coração não queremos ser como Deus que pode julgar?

Nós não podemos julgar os corações dos outros. O que podemos fazer é perdoar somente. Se nós nos aferramos a julgar os outros, é bem provável que seremos medidos com a mesma medida com que medimos os outros. Quando nós perdoamos os pecadores já convertido, nós ampliamos com alegria o círculo dos convertidos.

                         <Pe. João Evangelista Megumi Fujita – Pároco de Otawara>

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